Perfil da Super Heroína
- Fernanda Mazete
- São Paulo, São Paulo, Brazil
- Eu sou um pontinho no meio do nada. Eu sou o grande conflito entre o céu e a terra. Eu sou o sim e o não. Sou todas as coisas cabíveis e imagináveis numa mente fértil. Alguém que se perdeu no espaço e veio parar na Terra para tentar salvar o planeta. Porém, cada dia que passa essa missão encontra-se mais difícil! u.u'
27 de jun. de 2010
Coisas do dia a dia...
Estava parada.
Com um pirulito na boca.
Era dia. O sol absolutamente quente.
Não aguentava mais esperar. Precisava fazer alguma coisa.
Seus sapatos apertavam os pés.
E só o que ela fazia era degustar seu pirulito.
Encostada no muro, com as mãos no bolso da calça, cabelo na cara. E nada.
Nada acontecia.
Duas longas horas ali, e nada.
Já havia se decidido, ela iria embora e para nunca mais.
Ajeitou a mochila nas costas, e pôs-se a caminhar em direção ao ponto de ônibus. Até que o dito cujo aparece. Cínico. Idiota. Aparece como se nada tivesse acontecido.
- Como vai? - perguntou ele com um sorriso de palhaço no rosto.
- Eu? Vou indo pro ponto. - respondeu ela, puta da vida.
- Mas já? Ah, não vai, eu estou aqui agora, não estou?
- Já? Eu estou aqui há mais de duas horas, torrando nessa merda desse sol, esperando você, e você me aparece com esse jeito de panaca! Vai a merda! Eu tô indo embora!
- Calma, lindinha, não estressa, eu trouxe o que você pediu.
- Enfia no cu essa porra! Eu já tô de saco cheio de tudo que eu tenho que enfrentar por sua causa...
- Certeza que você não vai querer o que eu trouxe.
Ela inspira e expira pra ganhar tempo na sua resposta.
- Me dá logo isso.
- É desse jeito que você pede, gatinha? Tenho maior trampo de trazer pra você e é desse jeito que você me trata? Foi difícil de arranjar, sabia? Eu tive que enfrentar uma burocracia desgraçada com os caras, e o medo?! Nossa, você não tem idéia como foi difícil...
- Vai me dá logo ou eu vou ter que te deixar falando sozinho?
Ele coloca a mão no bolso traseiro da calça, e percebe que não há nada do que ele procura ali. Olha nos bolsos laterias, no bolso da camisa, até na cueca, e nada.
Ela, impaciente, cruza os braços, olha pra cima e bate o pé no chão com movimentos frenéticos.
Ele procura mais um pouco.
Ela sai andando.
- Calma, eu vou achar, espera aí.
Ela vira, mostra o dedo do meio e vai embora.
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